Neurologista explica o uso do canabidiol no tratamento do autismo em adultos

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que afeta a comunicação, comportamento e interação social. A busca por tratamentos eficazes é crucial para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias. O canabidiol (CBD), um composto derivado da cannabis, surge como uma promissora opção terapêutica, mas requer atenção imediata devido ao seu potencial impacto positivo.

Estudos preliminares indicam que o CBD pode aliviar sintomas como ansiedade, agressividade e problemas de sono em pessoas com TEA. “Embora as pesquisas sejam promissoras, precisamos de mais estudos para confirmar sua eficácia e segurança a longo prazo. O uso do CBD deve ser sempre supervisionado por um profissional de saúde, especialmente em crianças”, alerta o Dr. Matheus Trilico, neurologista referência no tratamento de adultos com TEA e TDAH tanto no Brasil quanto no exterior.


Otimista com o uso terapêutico, o neurologista explica que o sistema endocanabinóide (ECS) é uma rede complexa de receptores e neurotransmissores que atua como um maestro na orquestra do nosso corpo, contribuindo para a recuperação cognitiva e emocional, além de melhorar o humor, o apetite e a resistência imunológica. “Ignorar essa abordagem pode significar perder uma oportunidade vital de melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, enfatiza Dr. Trilico.


Impacto Potencial do Canabidiol no Autismo: Uma Revolução em Números
 
O neurologista enfatiza que as principais pesquisas sobre o uso do canabidiol no autismo focam em crianças e adolescentes. Todavia, ainda assim, é possível encontrar estatísticas importantes que merecem atenção, como:
 
●      Qualidade de vida: Aumento significativo, podendo superar os 80%¹;
●      Sono: melhora relatada por mais de 70% dos pacientes²;
●      Ansiedade e irritabilidade: Redução de 47,1% nesses sintomas debilitantes².


“Em minha prática de uso do canabidiol para adultos autistas, vejo o CBD como um tratamento adjuvante, associado a outras medicações de primeira linha, podendo ser também uma alternativa para aqueles pacientes que não toleram as medicações convencionais. No entanto, o custo elevado ainda é um grande obstáculo para muitos brasileiros. Apesar dos resultados promissores, a prescrição deve ser feita com cautela e acompanhamento especializado”, adverte o Dr. Trilico.


Por fim, o neurologista ressalta a importância de uma avaliação médica cuidadosa, a necessidade de mais pesquisas com o público autista adulto e de políticas públicas que tornem o tratamento mais acessível.
 
Sobre o neurologista:


Dr. Matheus Luis Castelan Trilico – CRM 35805PR, RQE 24818.
– Médico pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA);
– Neurologista com residência médica pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR);
– Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pelo HC-UFPR
– Pós-graduação em Transtorno do Espectro Autista
 
Mais artigos sobre TEA e TDAH em adultos podem ser vistos no portal do neurologista: https://blog.matheustriliconeurologia.com.br/

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