IOF: Empresário Leo Santos analisa impactos no bolso do brasileiro

Barra Mansa, Rio de Janeiro – Uma decisão tomada pelo Senado Federal na última quarta-feira (25) mexeu com os rumos da política econômica do país. Os senadores aprovaram o projeto que revoga decretos do Executivo que aumentavam as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), devolvendo ao imposto sua configuração anterior. A medida está provocando debates calorosos no meio político e também empresarial.

Quem acompanha de perto o cenário econômico brasileiro, como o empresário Leo Santos, vê na decisão um respiro imediato para o consumidor, mas também alerta para os possíveis desdobramentos fiscais. Conhecido por sua leitura acessível e humanizada do mercado, Léo destaca que o IOF é um imposto silencioso, porém constante no dia a dia dos brasileiros.

-O IOF é quase invisível, mas está em todas as partes. Nas compras parceladas, nos empréstimos, nos financiamentos. Muita gente não se dá conta do quanto essa tributação pesa no bolso do consumidor. Com a derrubada do decreto governamental, voltamos a uma situação mais familiar e um pouco menos onerosa para quem consome ou investe – destacou o empresário barra-mansense.

Leo destaca que a redução das alíquotas pode representar um incentivo importante ao consumo e ao investimento. Isso porque o custo do crédito — para pessoas e empresas — tende a cair, impactando desde compras do dia a dia até projetos maiores, como financiamentos e operações empresariais. “Com as mudanças feitas pelo governo desde maio, a expectativa era arrecadar até R$ 10 bilhões com o novo IOF em 2025. Agora, com o recuo, essa pressão no crédito diminui e pode abrir espaço para mais circulação de dinheiro na economia”, pontua.

O empresário também chama atenção para os investimentos de curto prazo, muitas vezes prejudicados pela incidência do IOF em resgates feitos antes de 30 dias. “Com a volta das alíquotas antigas, esse impacto sobre os rendimentos tende a ser menor”, afirma.

E OS COFRES PÚBLICOS?

Para Leo Santos, com a decisão do Senado Federal o governo tem uma situação complexa para ser resolvida, já que terá que lidar com a redução da arrecadação. “O IOF, mesmo com alíquotas menores, continua sendo uma importante fonte de recursos para a União. Se esse dinheiro não vier por esse caminho, pode acabar vindo por outro — talvez com aumento de outros tributos ou cortes em áreas sensíveis, como Saúde e Educação”, analisa Leo, destacando a reação do Governo Federal, que criticou a votação e já estuda acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão.

-É fundamental acompanhar e compreender o impacto dessas decisões políticas na nossa rotina de vida, especialmente na questões financeiras. Não é só uma questão técnica ou de Brasília. É sobre o quanto a gente paga em cada compra, em cada operação financeira. Entender o IOF é também exercer cidadania financeira – conclui.

A proposta agora aguarda a promulgação do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre. Enquanto isso, o Executivo sinaliza que a disputa pode ganhar contornos judiciais nos próximos dias.

Fotos: Divulgação

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.